Maestro Carlos Gomes |
O compositor Antonio Carlos Gomes nasceu em Campinas, São Paulo, em 11 de julho de 1836. Estudou música com o pai e fez sucesso em São Paulo com o Hino Acadêmico e com a modinha Quem sabe? (1860).
Continuou os estudos no Conservatório do Rio de Janeiro, onde ocorreram as apresentações de suas primeiras óperas: A noite do castelo (1861), com libreto de Fernandes dos Reis, e Joana de Flandres (1863), com libreto de Salvador de Mendonça.
Parte para Milão após receber uma bolsa de estudos, sendo aluno de Lauro Rossi e diploando-se em 1866. Em 1870 estreou no Teatro Scala de Milão sua ópera mais conhecida, Il guarany (O guarani), com libreto de Antônio Scalvini e baseada no romance homônimo de José de Alencar. Encenada depois nas principais capitais europeias, essa ópera o consagrou e deu-lhe a reputação de um dos maiores compositores líricos da época. O sucesso europeu de Il guarany repetiu-se no Brasil, onde Carlos Gomes permaneceu por alguns meses antes de retornar a Milão, com uma bolsa de D. Pedro II, para iniciar a composição da Fosca, melodrama em quatro atos em que fez uso do leitmotiv, técnica então inovadora, e que estreou em 1873 no Scala. Mal recebida pelo público e pela crítica, essa viria a ser considerada mais tarde como a mais importante de suas obras.
Depois de Salvatore Rosa (1874) e Maria Tudor (1879), Carlos Gomes voltou ao Brasil e foi recebido triunfalmente, e a partir de 1882, passou a dividir seu tempo entre o Brasil e a Europa.
Il Guarany (em português, O Guarani) é uma das óperas do compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes. É uma ópera em quatro atos, em italiano como o libreto de Antônio Scalvini e estreou no Teatro Scala de Milão, na Itália, em 19 de março de 1870, fazendo um grandioso sucesso: https://www.youtube.com/watch?v=PTomUb3r1m0
Estreou Lo schiavo (O escravo) em 1889 no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, ópera de tema brasileiro. Com a proclamação da república, perdeu o apoio oficial e a esperança de ser nomeado diretor da Escola de Música do Rio de Janeiro. Retornou então a Milão e estreou “Condor” em 1891, no Scala.
Doente e em dificuldades financeiras, compôs seu último trabalho, Colombo, oratório em quatro atos para coro e orquestra a que chamou poema vocal sinfônico e dedicou ao quarto centenário do descobrimento da América. A obra foi encenada em 1892 no Teatro Lírico do Rio de Janeiro.
Em 1895 chegou ao Pará, já doente, para ocupar a diretoria do Conservatório de Música de Belém, onde morreu em 16 de setembro de 1896.
Com temática brasileira, a música de Carlos Gomes se enquadra no estilo italiano da mesma época, inspirado basicamente nas óperas de Giuseppe Verdi, e assim ultrapassou as fronteiras do Brasil e triunfou junto ao público europeu. Os modernistas de 1922 desprezaram Carlos Gomes, mas o público brasileiro sempre valorizou suas modinhas românticas, a parte mais autenticamente nacional de sua obra, e a abertura ("protofonia") de Il guarany.
Referência Bibliográfica
-SEVERIANO, J. Uma história da música
popular brasileira: das origens à modernidade. Editora 34, 2006
- Biografia Carlos Gomes:
https://www.ebiografia.com/carlos_gomes/
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